O Brasil possuí 60% das suas pastagens com algum nível de degradação. Uma das consequências da degradação das pastagens é a infestação de plantas daninhas, atingindo de forma mais acentuada pastos pouco produtivos.
Essas invasoras competem com o capim desejado por água, luz e nutrientes, reduzindo drasticamente a qualidade da forragem e o desempenho do rebanho. O resultado aparece direto no bolso: menos arrobas por hectare e maior custo de produção.
O manejo químico é uma ferramenta essencial no controle dessas invasoras. Mas para alcançar resultados duradouros, é importante entender como integrar essa prática com a escolha adequada da forrageira. Vamos entender como isso funciona na prática.
O problema das plantas daninhas nas pastagens
Plantas daninhas são todas aquelas espécies indesejadas que aparecem na pastagem e competem com a forrageira. Elas aproveitam qualquer oportunidade: solo descoberto, pasto mal manejado, falta de adubação ou períodos de seca.
Entre as invasoras mais problemáticas nas pastagens brasileiras estão a buva, o capim-amargoso, o caruru, a trapoeraba e até mesmo o capim-braquiária voluntário quando ele não é a espécie plantada na área.
Por que elas causam tanto prejuízo?
A resposta é simples: competição. Plantas daninhas roubam recursos que deveriam ir para o capim. Elas crescem rápido, produzem muitas sementes e se espalham com facilidade.
A buva, por exemplo, pode produzir mais de 200 mil sementes por planta. Essas sementes são leves e se espalham pelo vento, infestando grandes áreas. O capim-amargoso, além de produzir sementes em abundância, tem raízes profundas que competem fortemente por água.
Assim, o resultado é uma pastagem rala, com baixa capacidade de suporte e forragem de qualidade inferior. O gado come menos, ganha menos peso e a produtividade despenca.
Casos específicos que merecem atenção
Capim-capeta (Sporobolus indicus): uma gramínea que produz grande quantidade de sementes e formam rapidamente um banco de sementes no solo. Possuí rebrota rápida e vigorosa, um dos fatores que dificultam o controle desta planta invasora.
Capim-amargoso: gramínea invasora que se espalha tanto por sementes quanto por rizomas. Suas raízes podem atingir mais de 90 centímetros de profundidade, dificultando o controle.
Caruru: planta de crescimento rápido que consome muitos nutrientes do solo. Pode produzir até 100 mil sementes por planta.
Trapoeraba: invasora comum em áreas úmidas, forma touceiras densas que abafam a forrageira.
Manejo químico: produtos e estratégias de controle
O manejo químico consiste no uso de herbicidas para controlar plantas daninhas. É uma ferramenta importante, principalmente na formação da pastagem, quando a forrageira continua se estabelecendo e precisa de ajuda para vencer a competição com as invasoras.
Herbicidas pré-emergentes
Esses produtos atuam impedindo a entrada das invasoras na área, por inibir a germinação ou o crescimento das partes jovens das plantas daninhas Podem ser aplicados logo após o plantio da forrageira ou após o estabelecimento.
O uso de pré-emergentes como o caso do Fluxopir são excelentes estratégias para impedir a entrada dessas plantas indesejadas na área de pastagem.
Herbicidas pós-emergentes
Após a entrada das plantas invasoras na área, uma opção de controle são os herbicidas pós-emergentes, que possuem diferentes modos de ação.
Produtos como 2,4 D e Picloran são muito comuns para o controle de folha larga em pós emergência nas áreas de pastagens.
Leia Mais: Tipos de Manejo de Pastagem: Guia Completo para o Pecuarista
Cuidados importantes na aplicação
A eficácia dos herbicidas depende de vários fatores que precisam ser considerados:
Tipo de solo: solos com mais argila ou matéria orgânica podem reter mais o produto, exigindo doses maiores. Solos arenosos, por outro lado, podem ter lixiviação mais rápida.
Regime de chuvas: chuvas logo após a aplicação podem lavar o produto ou prejudicar sua ação. O ideal é aplicar com previsão de pelo menos 24 horas sem chuva.
Estágio das plantas daninhas: quanto mais novas as plantas, mais fácil o controle. Plantas grandes e desenvolvidas são mais difíceis de eliminar.
Momento de aplicação: respeitar o momento correto é fundamental. Produtos pré-emergentes só funcionam se aplicados antes da germinação das invasoras.
O risco da resistência
O uso repetido dos mesmos herbicidas pode selecionar populações resistentes. É o que aconteceu com a buva e o capim-amargoso em relação ao glifosato.
Para evitar esse problema, é importante:
- Alternar produtos com diferentes mecanismos de ação
- Integrar o controle químico com práticas culturais
- Não depender exclusivamente de herbicidas
- Monitorar a eficácia dos produtos ao longo do tempo
Controle cultural: uma estratégia complementar
O manejo químico funciona melhor quando combinado com o controle cultural. Isso significa criar condições para que a forrageira se desenvolva bem e compita naturalmente com as plantas daninhas.
Preparo adequado do solo
Aração e gradagem expõem sementes e raízes de plantas daninhas, facilitando sua eliminação. O preparo correto também cria condições ideais para o estabelecimento da forrageira.
Escolha da forrageira
Esse é um ponto fundamental. Forrageiras vigorosas, com rápido estabelecimento e boa cobertura do solo, dificultam naturalmente o desenvolvimento de plantas daninhas.
As braquiárias híbridas da Papalotla representam um importante aliado nessa estratégia. Desenvolvidas por programas de melhoramento genético, apresentam características que favorecem o controle cultural:
- Germinação rápida e uniforme
- Estabelecimento vigoroso
- Boa cobertura do solo
- Sistema radicular desenvolvido
- Alta produção de biomassa
Pesquisas demonstram que áreas com forrageiras bem estabelecidas apresentam menor infestação de plantas daninhas. A cobertura densa do solo reduz a germinação de sementes invasoras, e impedem o crescimento das plântulas em desenvolvimento.
Adubação equilibrada
Forrageiras bem nutridas crescem mais rápido e ocupam o espaço de forma mais eficiente. A adubação de plantio é especialmente importante para dar vantagem competitiva ao capim logo no início.
Manejo correto do pastejo
Manter a altura adequada de pastejo e evitar superpastejo são práticas essenciais. Quando o gado come demais, surgem clareiras que facilitam a entrada de plantas daninhas.
Estratégias integradas de manejo
O controle mais eficiente acontece quando você junta as diferentes ferramentas disponíveis. Veja como organizar o manejo:
Na formação da pastagem
1. Prepare o solo corretamente: faça aração e gradagem para eliminar plantas daninhas existentes e criar boas condições para o plantio.
2. Use sementes de qualidade: sementes certificadas garantem boa germinação e estabelecimento rápido da forrageira.
3. Aplique herbicida pré-emergente: logo após o plantio, use produtos que impedem a germinação das invasoras. Isso dá tempo para a forrageira se estabelecer.
4. Adube na dose certa: forrageira bem nutrida compete melhor com as plantas daninhas.
No manejo da pastagem estabelecida
1. Mantenha a altura adequada: cada capim tem uma altura ideal de manejo. Respeitar essa altura mantém a forrageira vigorosa.
2. Evite superpastejo: não deixe o gado abrir clareiras no pasto.
3. Faça adubação de manutenção: pastagens bem adubadas mantêm sua capacidade competitiva.
4. Monitore regularmente: quanto mais cedo você identificar focos de plantas daninhas, mais fácil será o controle.
Quando fazer controle químico na pastagem estabelecida
Se aparecerem plantas daninhas mesmo com os cuidados de manejo, avalie a necessidade de controle químico. Em alguns casos, a aplicação localizada de herbicidas pode resolver o problema sem prejudicar toda a pastagem.
Use produtos seletivos sempre que possível. Em casos de alta infestação, pode ser necessário reformar a área, aproveitando para corrigir as falhas de manejo que permitiram a invasão.
A Importância da genética na formação de pastagens
A Papalotla Sementes trabalha há décadas no desenvolvimento de híbridos superiores de braquiária. Nossos materiais são resultado de intenso trabalho de melhoramento genético, realizado em parceria com centros de pesquisa de excelência.
O objetivo é oferecer forrageiras adaptadas às condições tropicais brasileiras, com características que favorecem o estabelecimento rápido, a produção de forragem de qualidade e a formação de pastagens mais sustentáveis.
Quando você investe em genética superior, está facilitando todo o manejo da pastagem, incluindo o controle de plantas daninhas. Uma forrageira que se estabelece bem desde o início reduz a necessidade de intervenções químicas e diminui os custos de produção.
Manejo Integrado é o Caminho
O controle eficiente de plantas daninhas em pastagens exige uma combinação de estratégias. O manejo químico é uma ferramenta importante, mas funciona melhor quando integrado com práticas culturais adequadas.
A escolha de forrageiras de qualidade, o preparo correto do solo, a adubação equilibrada e o manejo adequado do pastejo são práticas que reduzem a pressão de plantas daninhas e diminuem a dependência de herbicidas.
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