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Creep feeding: estratégia nutricional para melhorar o desempenho de bezerros no desmame em sistemas de cria a pasto

O desmame é um dos momentos mais críticos na pecuária de corte. Tanto para a vaca como para o bezerro. Nessa fase, o bezerro deixa de depender exclusivamente do leite materno e passa a adaptar seu sistema digestivo ao consumo de pasto. Para produtores que buscam melhorar o desempenho animal e valorizar seus bezerros ao desmame, o creep feeding surge como uma técnica eficiente e de fácil aplicação frente à realidade das pastagens brasileiras.

O termo creep vem do inglês e significa “engatinhar” ou “rastejar”, que se refere ao movimento que o bezerro faz para acessar um cocho privativo, que cabe somente à estatura dos bezerros. O creep feeding consiste em fornecer suplementação alimentar concentrada aos bezerros, sem que as vacas tenham acesso ao alimento, que é nutricionalmente desenvolvido para o melhor desenvolvimento dos bezerros.

Esse sistema utiliza um cercado com aberturas ajustáveis. Dentro dele, ficam os cochos cobertos, instalados a cerca de 40 cm do solo. O dimensionamento recomendado é de 0,3 m² por animal e 10 cm lineares de cocho por bezerro.

A localização estratégica próxima a bebedouros, comedouros ou cochos de sal facilita o aprendizado dos animais. Nos primeiros dias, é comum aproximar o lote diariamente para que os bezerros se familiarizem com o sistema.


O principal objetivo do creep feeding é desmamar bezerros com maior peso corporal. Essa estratégia reduz o tempo de recria e permite que os produtores comercializem animais mais precoces, aumentando a rentabilidade do sistema de produção.

Ao fornecer suplementação estratégica durante a fase de aleitamento, o bezerro expressa melhor seu potencial genético, aproveitando o período de maior eficiência de crescimento, entre o nascimento e o desmame.

A produção de leite das matrizes atinge seu pico entre 75 e 90 dias pós-parto e começa a declinar gradualmente. A partir dos três meses de vida, o leite materno não supre mais todas as exigências nutricionais do bezerro, especialmente em rebanhos da raça Nelore, onde a exigência nutricional do bezerro é grande.

Por isso, o início da suplementação no creep feeding ocorre geralmente entre dois e três meses. O fornecimento varia de 0,5% a 1% do peso vivo do animal, com suplementos contendo entre 18% e 25% de proteína bruta e elevado teor energético.

Estudos realizados em diferentes regiões do Brasil demonstraram ganhos expressivos com o uso do creep feeding. Bezerros suplementados apresentaram em média 33,51 kg a mais no peso ao desmame quando comparados aos animais sem suplementação. Isso representa aproximadamente uma arroba adicional para machos e meia arroba para fêmeas.

Em trabalhos conduzidos com bezerros Nelore e cruzamentos Nelore x Aberdeen Angus, o ganho médio diário aumentou significativamente. Animais suplementados atingiram pesos de desmame superiores a 240 kg, enquanto os grupos controle ficaram em torno de 205 a 220 kg.

A conversão alimentar também se mostrou eficiente. Com consumo médio diário entre 0,126 kg e 0,148 kg de suplemento por bezerro, os ganhos compensaram economicamente o investimento na técnica.


Uma das grandes vantagens do creep feeding, comprovada por estudos recentes e análises conduzidas por instituições de referência como a Universidade Estadual Paulista (UNESP), é que essa estratégia não reduz a produção de leite das vacas e não interfere no desempenho das matrizes.

O que realmente ocorre é uma alteração no padrão de consumo de forragem pelos bezerros. Com acesso ao suplemento concentrado, os bezerros reduzem o consumo de pasto, mas mantêm o consumo de leite materno inalterado. Esse comportamento explica por que não há melhora na condição corporal das vacas, já que a demanda por leite permanece a mesma. Mas mesmo assim, a disponibilidade de pasto a mais permite maior carga de vacas na área de desmame.

Esse conhecimento é fundamental para entender onde a qualidade e a quantidade de pasto disponível realmente fazem diferença no sistema de creep feeding.

Pastagens Papalotla: o diferencial para maximizar resultados

Embora o creep feeding traga resultados expressivos, a qualidade da pastagem é determinante para o sucesso da estratégia. Como o consumo de forragem pelos bezerros é reduzido com a suplementação, mas não eliminado, pastagens de alta qualidade nutricional fazem toda a diferença no desempenho desses animais.

Pastos com maior disponibilidade de matéria seca, melhor digestibilidade e teores elevados de proteína e energia permitem que os bezerros aproveitem ao máximo tanto o pasto quanto o suplemento. Esse consumo combinado de forragem de qualidade, suplemento concentrado e leite materno potencializa o ganho de peso ao desmame.

Em sistemas onde a formulação do suplemento considera a qualidade da pastagem disponível, o custo com a suplementação pode ser significativamente reduzido. Isso ocorre porque a forragem de excelência fornece parte importante dos nutrientes digestíveis na dieta total, otimizando a eficiência nutricional e econômica do sistema.

As sementes de pastagem Papalotla são desenvolvidas especialmente para o clima tropical brasileiro, oferecendo cultivares com alto valor nutritivo, excelente produtividade e adaptação às diferentes condições de solo e manejo. Através da parceria com o CIAT, a Papalotla garante genética superior e testada, proporcionando forragem de qualidade durante todo o ano.

A combinação de forragem Papalotla com suplementação estratégica permite que os bezerros expressem todo seu potencial de crescimento, maximizando o retorno do investimento em creep feeding e garantindo animais mais pesados ao desmame.

A decisão de adotar o creep feeding deve considerar o preço da arroba do bezerro, o custo do suplemento e o sistema de produção da propriedade. Em cenários de alta valorização do bezerro, a técnica se mostra altamente rentável.

Bezerros mais pesados geram maior receita na venda e permitem sistemas de recria e engorda mais eficientes e rápidos. Além disso, animais bem nutridos apresentam menor mortalidade e melhor desenvolvimento no pós-desmame.

Para produtores que adotam biotecnologias reprodutivas como IATF e estação de monta, o creep feeding potencializa os ganhos genéticos, formando lotes mais uniformes e valorizados.

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