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Percevejo Castanho em pastagens: como identificar e proteger seu pasto

Percevejo Castanho em pastagens: como identificar e proteger seu pasto

O percevejo castanho se tornou uma das principais ameaças às pastagens brasileiras. No Pará e Mato Grosso, produtores rurais enfrentam perdas significativas causadas por essa praga de solo, que ataca silenciosamente o sistema radicular dos pastos.

A infestação compromete a capacidade de suporte das pastagens em até 75% e reduz drasticamente a longevidade das pastagens. Áreas que antes produziam por oito anos passam a durar apenas dois.

Scaptocoris castanea e Scaptocoris carvalhoi são insetos sugadores de hábito subterrâneo. Medem entre 5 e 10 mm, apresentam coloração marrom e corpo fortemente convexo. Suas pernas dianteiras são do tipo escavadoras, permitindo que se movimentem pelo perfil do solo.

As ninfas possuem coloração branca. No último estágio de desenvolvimento, mostram asas amareladas. Tanto adultos quanto as ninfas utilizam seu aparelho bucal sugador para perfurar as raízes e se alimentar da seiva da planta. Durante esse processo, o inseto também injeta toxinas, o que desencadeia uma série de problemas fisiológicos e compromete o desenvolvimento da planta.


Os primeiros sinais aparecem com a redução do crescimento e murchamento das plantas. Em seguida, as folhas amarelecem progressivamente até secarem completamente. O ataque forma reboleiras características, manchas de plantas mortas distribuídas irregularmente na pastagem.

Essas manchas podem variar de poucos metros quadrados até vários hectares. A praga também injeta toxinas durante a alimentação, potencializando os danos e acelerando a morte das touceiras.

Quando a infestação já é visível, prejuízos significativos já ocorreram. Por isso, o monitoramento preventivo é fundamental para a pecuária sustentável.

Leia Mais: Pastagem de qualidade: o alicerce da produção de leite sustentável

O percevejo castanho ocorre durante todo o ano em diferentes profundidades. A maior concentração de ninfas e adultos encontra-se entre 20 e 40 cm de profundidade, embora possam ser encontrados a até 1,80 m.

No período chuvoso, a população migra para camadas superficiais, onde as raízes novas estão mais ativas. Durante a seca, aprofundam-se em busca de raízes profundas.

A distribuição ao longo do ano é uniforme, com sobreposição de gerações. Não há picos populacionais claramente definidos, o que torna o controle mais desafiador para o produtor rural.

As revoadas ocorrem preferencialmente ao entardecer, nos meses mais chuvosos. Esse comportamento está relacionado à dispersão e ao acasalamento, que acontece no interior do solo.


O hábito subterrâneo do percevejo castanho dificulta qualquer estratégia de manejo. Métodos químicos, biológicos e culturais têm mostrado eficiência limitada.

Inseticidas sistêmicos via tratamento de sementes são absorvidos pela parte aérea, deixando as raízes desprotegidas. A aplicação em sulco de plantio apresenta custos elevados e é antieconômica para pastagens.

O controle biológico com fungos entomopatogênicos como Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana ainda requer estudos mais consistentes para aplicação prática. Recentemente, o fungo Ophiocordyceps myrmicarum apresentou alta taxa de infecção em áreas experimentais.

Práticas culturais como adubação equilibrada e correção de solo ajudam as plantas a suportarem melhor o ataque, mas não eliminam a praga.

A escolha de sementes de pastagem de alta qualidade é decisiva para estabelecer forrageiras vigorosas. A Papalotla Sementes trabalha com genética superior e rigoroso controle de qualidade, garantindo sementes com máximo potencial germinativo.

Pastagens bem estabelecidas desenvolvem sistema radicular robusto e profundo. Essa característica permite maior tolerância a pragas de solo e melhor aproveitamento dos nutrientes disponíveis.

O investimento em pesquisa e desenvolvimento, aliado à parceria com o CIAT, coloca a Papalotla como referência em sementes de pastagem tropical adaptadas ao solo e clima brasileiro.

Manter a fertilidade do solo adequada fortalece as plantas. Pastagens bem nutridas apresentam melhor capacidade de rebrota e recuperação após o ataque.

Sistemas de integração lavoura-pecuária permitem rotação de culturas e correção mais frequente do solo. Essa prática melhora o equilíbrio nutricional e beneficia a pastagem implantada posteriormente.

O monitoramento regular permite identificar focos iniciais de infestação. Intervenções precoces, mesmo que localizadas, minimizam a dispersão da praga.

A presença do percevejo castanho é realidade nas pastagens brasileiras. A convivência com a praga exige conhecimento técnico, escolhas assertivas e manejo preventivo.

Investir em sementes de qualidade, manter o solo corretamente adubado e diversificar as forrageiras são práticas que aumentam a resiliência do sistema produtivo.

O valor nutritivo da forragem e o desempenho animal dependem diretamente da saúde das pastagens. Proteger esse recurso é garantir a eficiência na pecuária e a sustentabilidade da fazenda.

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pasto fundo

Referencias

https://cultivandosaber.fag.edu.br/index.php/cultivando/article/view/554

https://www.sidalc.net/search/Record/dig-infoteca-e-doc-1120983/Description

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